segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Teatro

Eu viajo muito nos últimos tempos. Aqui e ali. Talvez por isso, ainda tenha em Campo Mourão uma espécie de refúgio: as ruas conhecidas, as pessoas, os lugares. Me formei na Fecilcam que agora é Unespar que fica em frente ao Teatro Municipal e foi por conta de um evento acadêmico que entrei novamente no teatro. Como o tempo passa devagar naquele lugar: pouco mudou – o cheiro, as cortinas, o palco – tudo ali me pareceu tão familiar e tive a estranha sensação de regressar para um passado em que dormia nas coxias ensaiando os espetáculos, tive a impressão de ter visto o Dino de contrarregra lá entres as pernas de entrada para o palco e o Sílvio na mesa de som. Lembrei-me de um show do Oswaldo Montenegro. Ele perguntou para a plateia quais as músicas que ela queria ouvir e alguém respondeu a Lista. Prontamente dedos no violão e começou: “faça uma lista de grandes amigos”...”onde você se reconhece?”. E parada ali diante do palco, me reconheci: saudades, amigos, amores, segredos, sonhos... Apertei a mão da Cecília  e senti-me feliz. Tudo estava onde deveria.

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