domingo, 9 de agosto de 2015

Do dia dos pais e seus afins

Tem quase vinte anos que meu pai morreu. É uma ausência, aliás, é uma saudade. Meu pai não era ausente. Sempre foi, do jeito dele, muito presente na nossa vida. Mas os padrões mudam e os pais precisam mudar também. As mães mudaram: têm jornadas excruciantes – trabalho, casa, filh@s, escola dos filh@s, agenda da escola, prazos para entregar coisas, etc. Os pais, muitos deles, ainda não sacaram que não “ajudam” quando fazem o que “deveriam” fazer: olhar os filh@s, ver agenda, fazer almoço, dar banho, etc, etc, etc. Não é só trocar a fralda (que já é um avanço), até porque ali pelos dois anos acabam-se as fraldas. É levantar no meio de uma noite de febre. É deixar a carreira em segundo plano para contribuir no dia-a-dia da casa, para tornar a jornada mais leve para as mães, para ser verdadeiramente pai.
Esse é o primeiro ponto. O segundo tem haver com a configuração do que entendemos por família hoje. Sinceramente. As escolas  precisam urgentemente prever em suas comemorações a mutabilidade das relações. E quem é separado? E quem é mãe solteira? E quem tem duas mães?  Tenho companheiras que tocam a família sozinha. Que não se assustam e seguem firmem na função de ser mãe e pai, sem perder a graça e a paciência. Então, para essas mães e para aqueles que sabem que ser pai e mãe vai muito além dos estereótipos lançados pela mídia para vender produtos a todo custo, o dia de hoje é mais um dia no embrulhar da vida....



                                                                                                                                                          

Nenhum comentário:

Postar um comentário

My heavy heart

  My heavy heart A canção do Coldplay toca no rádio do carro. Your heavy heart é feito de pedra. Você não precisa ser sozinha....voltando ...